Meus amigos costumam dizer que pareço mais velho do que sou — talvez porque cresci com minha mãe, uma mulher forte e trabalhadora que me criou sozinha.
Meu pai morreu cedo e minha mãe nunca se casou novamente. Em vez disso, dedicou toda a sua vida a trabalhar para me sustentar.
Certo dia, participei de um projeto de voluntariado. Lá conheci o irmão Nam, chefe da equipe técnica, que era quase duas décadas mais velho do que eu.
Ele era quieto, cavalheiro e falava com uma voz grave que parecia estar curando uma ferida profunda.
No início, eu só sentia respeito. Mas com o passar do tempo, cada olhar que ele me lançava e cada palavra que ele dizia faziam meu coração bater mais forte.
O irmão Nam tinha um emprego estável e muita experiência.
Ele havia passado por um casamento fracassado, mas não tinha filhos.
Ele não falou sobre o passado; apenas disse:
« Uma vez perdi algo muito importante. Agora, só quero viver uma vida boa. »
Aos poucos, nosso relacionamento se aprofundou — sem drama, sem alarde.
Ele amava com ternura e cuidado, como se tivesse medo de quebrar algo frágil.