Houve um longo silêncio na linha. Então Elliot falou baixinho, cada palavra gélida e calma:
“Não fale com mais ninguém. Fique exatamente onde está. Chegarei em dez minutos.”
O que a equipe não sabia era simples:
Elliot Carter era o Diretor Executivo do AeroVista Group — a empresa controladora da companhia aérea que operava aquele voo.
E ele já estava discando para todos os gerentes regionais do terminal.
O CEO chega.
Quando Elliot entrou na área do portão, vestindo um terno cinza-escuro e com uma expressão séria, a atmosfera mudou instantaneamente.
O supervisor ergueu os olhos e paralisou. « Sr. Carter… eu não sabia— »
“Você não deveria ter feito isso”, respondeu Elliot calmamente.
“Agora, por favor, explique por que duas menores de idade — minhas filhas — foram retiradas de um voo pelo qual sua equipe é responsável.”
O supervisor gaguejou. « Houve um problema com o ingresso— »
“Não”, interrompeu Elliot, gentilmente, mas com firmeza. “Eu verifiquei. As reservas foram confirmadas, são válidas e foram debitadas na minha conta corporativa.”
Ele deu um passo à frente, seu tom ainda sereno, mas inconfundivelmente preciso.
“Então me diga… o que te levou a decidir que minhas filhas não deveriam estar nos lugares que lhes foram designados?”
Um silêncio se espalhou pelo portão. Alguns passageiros ergueram seus celulares.
A aeromoça que interrogou as meninas primeiro tentou falar.
“Eles pareciam nervosos, e nós pensamos—”
« O quê, exatamente? » perguntou Elliot, virando-se para ela.
« Que eles não tinham dinheiro para os ingressos? Que eles não correspondiam à sua ideia de quem deveria sentar na fileira doze? »
Seu rosto empalideceu.
Uma decisão que todos no voo sentiram.
Elliot expirou lentamente.
“Passei décadas construindo uma empresa centrada na cortesia e na justiça. E hoje, dois jovens passageiros foram tratados com descaso e se sentiram indesejados por causa de suposições.”
Ele olhou para o gerente de operações.
“Cancelar o voo 418.”